5.3.10

Valparaíso pós-terremoto

Elizabeth Lima em Viña del Mar antes do terremoto. Foto: Roberto Fábrega


Dedicada estudante da língua espanhola, Elizabeth Lima, minha amiga desde os tempos de faculdade (algo como uns 17 anos já. Só não conta a ninguém, ok?), embarcou de Recife para Santiago do Chile na véspera do grande terremoto que sacudiu aquele país na semana passada.

Inicialmente, tomamos um grande susto. Eu mesmo não sabia exatamente a data em que ela ia pra lá, e nenhum dos amigos próximos, a princípio, sabia. Após a notícia da catástrofe, veio a preocupação: como ela estava por lá?

Casas destruídas pelo terremoto de 27 de fevereiro, em Viña del Mar, Chile. Foto: Elizabeth Lima.

Acredito que essa sensação se passou com muitos brasileiros cujos familiares e amigos estavam em terras chilenas naquele sábado. Somente no fim da tarde é que fiquei sabendo que ela estava bem. Disse que  em Viña del Mal (Reñaca), cidade onde estava hospedada, a destruição não tinha sido nem de perto severa quanto a ocorrida em Concepción, Talcahuano, Maule e Bio-bio, onde o evento verdadeiramente arrasou construições e ceifou vidas. Por precaução, houve cortes de água, luz, telefone e internet.

Janelas e vidraças espatifadas pelo tremores. Foto: Elizabeth Lima.

Alguns dias depois, restabelecidas as comunicações e serviços essenciais, Beth conseguir mandar algumas fotos da cidade. O Congresso de Língua Espanhola, objeto principal da viagem, havia sido cancelado. Nós a aconselhamos a não antecipar a volta, eis que as informações que vinha do aeroporto de Santiago, fechado por vários dias após o terremoto, era de tumulto e confusão. Melhor ficar por lá mesmo, até porque a situação já estava praticamente normalizada pra ela.

Fachadas destruídas pela força do terremoto. Foto: Roberto Fábrega.

Ela relatou que boa parte da destruição em Valparaíso e Viña del Mar se deu por conta do desgaste natural decorrente da idade dos casarios da cidade, bem como pelo material empregado na construção, que ela descreveu como sendo algo semelhante a papelão com barro. 

Mais fachadas arrasadas pelo abalo sísmico. Nessa, se vê bem a fragilidade do material usado na construção. Foto: Roberto Fábrega.

Perguntei a ela, por email, como estava a situação para os turistas na região. Ela me disse que, aparentemente, os visitantes circulavam quase normalmente pela cidade, até porque as principais áreas turísticas da cidade não foram afetadas pelo abalo.


Desabrigados aguardando a mudança de seus pertences. Foto: Elizabeth Lima.

A essa altura, resta-nos lamentar pelas vítimas feitas pela tragédia e torcer para que os estragos possam ser reparados o mais rápido possível.

Abraços e até o próximo post.


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