26.6.12

Cancelamento de viagem: diárias pré-pagas de hotel


Eu já tive a oportunidade de começar a relatar, neste post e neste outro, as repercussões de uma viagem de família que foi cancelada por motivo de saúde (infarto do meu irmão no balcão de check-in do aeroporto).

Recentemente, mais um capítulo dessa novela foi encerrado e, felizmente, com um saldo positivo.

A viagem, que envolvia onze pessoas, começaria por Las Vegas. E para a época escolhida (31 de dezembro), as opções eram poucas e os custos (quase) proibitivos. A decisão do grupo foi optar por uma reserva pré-paga, não reembolsável, no Hampton Inn Tropicana, pertinho da Strip e com uma ótima relação de custo-benefício.

Depois de todo o alvoroço aeroporto-hospital-casa-hospital, eu somente consegui ligar para o Hampton Inn no fim da tarde do dia 31 de dezembro, horário de recife, final da manhã no horário de Las Vegas. A atendente, após ser informada que nós não mais iríamos viajar e, por conseqüência, utilizar os quartos pagos, me informou que passaria o assunto para a supervisora e pediu que eu retornasse a ligação uma hora mais tarde. Já que o valor da reserva paga era de quase 1.300 dólares (hoje mais de 2.600 Reais), achei que valeria - e muito - retornar quantas ligações fossem necessárias.

No segundo contato, me informaram que a supervisora havia encaminhado o assunto para o departamento de "advance purchase" dos hotéis Hilton e que tudo, a partir de então, seria resolvido por eles. Me deram um fone dessa central e passei a ligar para lá.

Os meus contatos com o "advance purchase" começaram ainda no dia 31 de dezembro de 2012. Me pediram pra enviar, por fax, documentação do hospital informando o período em que meu irmão permaneceu internado. Disseram que as declarações poderiam ser em português mesmo e, que, caso concedido, os valores das diárias seriam devolvidos apenas e tão-somente por conta do problema de saúde envolvido, o que seria uma das raríssimas exceções à política da tarifa "não-reembolsável".

Após esse primeiro contato, foram necessários outras dez ligações para diversos esclarecimentos sobre o(s) fax(es) enviados, tudo com muita paciência.

Mas tudo valeu a pena. Agora em junho apareceu no extrato parcial do cartão de crédito as informações de reembolso. Todas as diárias foram devolvidas, com exceção do valor do "tax" (imposto).

E o que eu aprendi com tudo isso? Vale a pena fazer uma reserva de hotel pré-paga?

As reservas de hotel pré-pagas podem ser uma opção vantajosa, desde que:
  1. Você esteja 100% convicto de que vai viajar para um certo destino numa certa data, e que não vai desistir da viagem; 
  2. A tarifa pré-paga seja muito mais barata que a tarifa flexível (reembolsável, com cancelamento grátis ou tantos outros nomes que apareçam por aí); e 
  3. Você escolha uma grande cadeia internacionais de hotéis, como a rede Hilton, que tenha uma política de exceções ao não-reembolso. Assim, se algo de muito ruim acontecer - como um problema de saúde - e a viagem tiver de ser cancelada, há como recuperar o prejuízo, ainda que com muito trabalho, insistência, paciência e uma boa dose de inglês pra poder negociar com o pessoal pelo telefone.
Bom, relendo o texto, me pareceu que são três requisitos bem difíceis de cumprir, né? Melhor fazer a reserva mais cara, mas com cancelamento grátis. ;)

Abraço.


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22.6.12

Avianca/Taca e Copa Airlines na Star Alliance a partir de hoje!


Excelente notícia para os viajantes amadores!

A partir de hoje, as aliadas Avianca/Taca e a Copa Airlines são os mais novos membros da Star Alliance, a maior (e mais robusta) aliança internacional de companhias aéreas.

A notícia é ótima, pois as três companhias operam voos internacionais a partir do Brasil para dezenas de destinos nas américas. Isso significa uma maior gama de opções de voos, maior concorrência (e uma provável baixa de tarifas) e mais possibilidades de pontuar viagens (ou emitir bilhetes-prêmio) pela Star Alliance.

Por outro lado, ao contrário do que se especulava, mesmo com a conclusão do processo de troca de ações da TAM e LAN, a TAM ainda não saiu da Star Alliance. Passa-se a especular que isso deverá ocorrer brevemente. Consultando os sites das duas companhias, a informação divulgada - até agora - é a de que os LanPass e o Multiplus Fidelidade continuarão inalterados até segunda ordem. O site da LAN informa, também, que membro do Lanpass pode emitir bilhetes pela TAM.

Mas é preciso fazer uma ressalva: a Avianca Brasil não está incluída na parte do grupo Avianca/TACA que se juntou à Star Alliance. Isso deverá ocorrer a médio prazo, tão logo o braço brasileiro da colombiana faça as devidas adaptações para poder se integrar também à aliança mundial.

E você, já fez viagens internacionais pela Copa, Taca ou pela Avianca? Conte-nos como foi nos comentários abaixo!


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14.6.12

Fusão LAN e TAM: como será?

Futura identidade visual da companhia fundida?

Dentro de poucos dias, teremos o início da fusão entre a LAN e TAM. Até agora, tivemos uma série de protocolos de intenções e consulta aos órgãos reguladores brasileiros e chilenos. A data marcada para a troca de ações, 12 de junho de 2012, foi estendida por 10 dias. Mas para nós, viajantes amadores, o que deverá mudar?

Infelizmente, pouco se sabe ainda, de concreto, dos efeitos secundários da transação. Na verdade, a operação mais parece uma incorporação da TAM por parte da chilena LAN. Por enquanto, ambas as companhias - por meio da página da LATAM (em inglês) - informam que não há prazos finais para a concretização da fusão e, até que isso ocorra, não haverá mudanças significativas. Quem comprou bilhete TAM, continuará voando TAM, e o mesmo se diga para quem comprou bilhetes da LAN. Mas nós, consumidores ansiosos, não podemos deixar de especular sobre o assunto.

A nova companhia - que se mantiver o nome LATAM vai terminar sendo objeto de piadas aqui no Brasil - será administrada pela LAN, com escritórios no Brasil e no Chile.

A TAM deverá sair da Star Alliance e fará parte, junto com a LAN, da ONEWORLD, outra aliança mundial de companhias aéreas, atualmente formada por: American Airlines, Air Berlin, British Airways, Cathay Pacific, Finnair, Iberia, JAL, Qantas, Royal Jordanian e S7 Airlines, a maioria desconhecida pelos consumidores brasileiros.

É bem provável que os programas de fidelização das duas companhias seja unificado. Assim, clientes Fidelidade das categorias branca, azul, vermelha e black deverão ser transferidos, após a conclusão do processo, para o programa LANPASS, nas categorias Premium, Premium Silver e Comodoro, categorias essas equivalentes à divisão da Oneworld em Ruby, Safira e Esmeralda.

E quanto aos destinos internacionacionais a partir do Brasil? Além dos vários oferecidos com saídas nacionais pelas companhias restantes da Star Alliance (Air Canada, Air China, Lufthansa, Singapore Airlines, South African Airways, SWISS, TAP Portugal, Turkish Airlines, United e US Airways) e Skyteam (Aeromexico, Air France, Alitalia, Delta Air Lines, KLM e Korean Air), ficaremos com as seguintes opções atualmente existentes de voos internacionais pelas companhias da Oneworld:

Belo Horizonte - Miami, via American Airlines
Brasília - Miami e Orlando, via American Airlines
Foz do Iguaçu - Lima, via codeshare LAN/TAM
Manaus - Miami, via American Airlines
Porto Alegre - Buenos Aires (AEP), via codeshare LAN/TAM
Recife - Miami, via American Airlines
Rio de Janeiro - Dallas (DFW), via American Airlines
Rio de Janeiro - Miami, via American Airlines
Rio de Janeiro - Nova Iorque (JFK), via American Airlines
Rio de Janeiro - Barcelona e Madri, via Iberia
Rio de Janeiro - Buenos Aires, via codeshare LAN/TAM
Rio de Janeiro - Londres (LHR), via British Airways
Rio de Janeiro - Santiago, via codeshare LAN/TAM
Salvador - Miami, via American Airlines
São Paulo - Dallas (DFW), via American Airlines
São Paulo - Nova Iorque (JFK), via American Airlines
São Paulo -  Miami, via American Airlines
São Paulo - Barcelona e Madri, via Iberia
São Paulo - Buenos Aires, via codeshare LAN/TAM
São Paulo - Lima, via codeshare LAN/TAM
São Paulo - São Francisco (via Lima), via codeshare LAN/TAM
São Paulo - Santiago, via codeshare LAN/TAM
São Paulo - Londres (LHR), via British Airways

Esse quadro deverá mudar um pouco, principalmente quanto às rotas executadas em "codeshare", que deverão ser absorvidas/renomeadas pelas atualmente servidas pela TAM e pela LAN.

É isso. Esperemos pra ver no que vai dar essa história toda.

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8.6.12

EVA Air: outra maravilha!!!

Eva Airlines: outra aérea asiática em que deu gosto de ter voado...

Alguns dias atrás, postei sobre a minha grata experiência de ter voado pela japonesa ANA Airways entre Chicago e Tóquio. Mas ainda dentro dessa viagem pela Ásia, uma outra companhia aérea, essa sediada em Taiwan, me surpreendeu ainda mais que a companheira nipônica ao ministrar um verdadeiro show de excelência na arte de voar: a EVA Air.

Mas muito antes da experiência a bordo, a EVA já tinha me mostrado uma face bastante positiva.

No final de 2011, depois de tirar o visto de turismo para Taiwan através de um amigo, em São Paulo, aos 44 minutos do segundo tempo, comprei o bilhete Hong Kong - Taipei - Hong Kong para voar em janeiro de 2012. Paguei uma tarifa bem promocional. Mas a viagem em janeiro terminou sendo cancelada por conta do infarto do meu irmão no balcão de check-in (história essa que contei detalhadamente aqui).

Confesso que fiquei com bastante receio de que, em razão da tarifa barata, não haver a possibilidade de reembolso, ou então que a remarcação/reitineração se tornasse inviável pela imposição de pesadas multas.

Liguei para o call center da companhia nos Estados Unidos. Um simpático atendente me deu a boa notícia que eu poderia remarcar os voos para até o fim de junho de 2012 e - o melhor - sem pagar qualquer taxa. Depois de resolver as novas datas de estadia em Tóquio, Hong Kong e Macau, liguei novamente para a EVA, informei a minha mudança de planos e eles fizeram a troca gratuitamente, como prometido.

Fechando o parênteses, voltemos ao voo.


No dia 05 de março desse ano, embarquei de Hong Kong para Taipei, com destino ao Aeroporto de Taoyuan. Ao chegar ao avião, vi uma cadeira super espaçosa:


Sem saber de nada, me deram uma assento na econômica "Premium" (ou "Plus", como algumas companhias costumam designar), sem qualquer cobrança extra. A poltrona se localizava na parte da frente de um enorme Boeing 747, cheio de espaço, e com muita sensação de conforto:


Pouco depois da decolagem, veio a refeição para diabético (minhas taxas de açúcar no sangue estavam meio altas na época), exatamente como eu havia pedido, ainda que para um voo de pouco mais de uma hora e meia:

Salada, macarrão integral e peito de frango grelhado, acompanhados de suco de maçã sem adição de açúcar. O macarrão e o frango não estavam lá essas coisas, mas nem tive do que reclamar.

O resto da ida foi bem tranqüilo e pousamos pontualmente em TPE.

Na volta, mais boas surpresas da companhia, dessa vez no aeroporto:


É isso mesmo que você está vendo: além dos balcões normais, a companhia disponibiliza um balcão de check-in da Hello Kitty para você "brincar" de voar com os seus filhos.

E após as checagens de segurança, mais Hello Kitty:


Um lounge VIP da personagem para que você aguarde a chamada para o voo seu e de seus pequeninos. Por não estar com alguma das minhas sobrinhas naquela hora, me dirigi ao portão de embarque comum:


E o aeroporto continuava a surpreender: cada portão de embarque é temático. Além desse, cujo tema era uma biblioteca hi-tech, vi outros nos assuntos "Correios", "Carros", (mais) "Hello Kitty" e assim por diante. Um verdadeiro show de criatividade.

O voo de volta, que a essa altura eu havia conseguido trocar gratuitamente para o itinerário Taipei - Macau, também foi muito tranqüilo e pontual.


E com um belo céu que, acima das nuvens, se mostrava azulíssimo (diferentemente do que vi naquela época tanto em Taipei, quanto em Hong Kong e Macau), me despedi da EVA Air com um sorriso no rosto, surpreso com o belo serviço que me foi prestado, mesmo tendo pago uma tarifa super promocional. Se esse moda pega aqui no Brasil... ;)


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1.6.12

All Nippon Airways (ANA): uma maravilha!!!

Self-service de lanchinhos do voo da ANA: especial pro passageiro com bastante fome...

Em fevereiro desse ano resolvi realizar um grande sonho meu: fazer minha primeira viagem à Ásia. As cidades escolhidas (pelo menos nessa primeira de outras muitas idas no futuro) foram Tóquio, Hong Kong, Macau e Taipei (Taiwan).

Meu bilhete foi emitido pela United/Continental. Mas logo no check-in da Continental em São Paulo veio a surpresa: o voo que sairia de lá para Newark estava com excesso de passageiros porque "haviam enviado uma aeronave menor pro Brasil". Eu achei isso meio estranho, mas me ofereceram uma alternativa: pegar o voo pra Chicago da United e, de lá, seguir para Tóquio com a All Nippon Airways. Eu chegaria ao destino final apenas 15 minutos após o horário marcado no bilhete original. Acredito que por estar super ansioso por essa viagem, não quis fazer confusão na hora e aceitei a oferta.

O voo para Chicago foi o esperado da United, mas rolou. Embarque dividido em 974 grupos diferentes, meio burocrático e tumultuado, comidinha bem básica, em suma, um serviço mediano.

Já na segunda parte da viagem, o cansaço batia forte (a essa altura, a ida já contava com 23,5 horas). No check-in da ANA em Chicago, perguntei sobre a disponibilidade de assento na saída de emergência. Disseram que sim e me deram a cadeira. Não me cobraram nada por isso. Confesso que isso já me passou uma boa imagem da companhia.

O embarque foi super tranquilo. Duas filas distintas (uma pra primeira classe e executiva e a outra econômica), sem aglomerações, empurra-empurra, nada do tipo. O Boeing 777 tava com uns 60% de ocupação. Beleza.

Pouco após a decolagem, lá vêm elas:


Simpaticíssimas, delicadas, bem-humoradas e impecavelmente bem-vestidas. Mal sabia eu que aquela atitude das comissárias da ANA, na verdade, eu iria rever nos japoneses com toda a naturalidade no cotidiano dos meus dias em Tóquio.

Primeiro lanche: bebidinhas e um "snack" de bolacha à base de arroz. Uma delícia. Comi diversos outros pacotes durante o voo. :)


Pouco tempo depois, o almoço:


Pedi a opção "oriental". Era tanta coisa - e tanta coisa saborosa - que nem sabia por onde começar.

Após recolher bandeja e pratos, a segunda sobremesa:


Sorvetinho Häagen-Dazs distribuído pela sorridente comissária Nakai. E tudo isso entre rodadas de café, água e chá. Observei, na porta de um dos armários do Galley, uma planilha:


Com o tempo, terminei descobrindo que ela servia para registrar as idas e vindas das comissárias que mantinham os passageiros devidamente hidratados. Quase no fim do voo, a tabela ficou assim:


Muito já tinha ouvido falar no bom serviço das companhias asiáticas. No meu caso, esse voo surpresa serviu apenas para ratificar essa imagem. Eficiência e simpatia, sem qualquer indício perceptível de falsidade, me pareceram algo possível.

E as boas impressões permaneceram após a aterrisagem (ou aterragem, como diriam os portugueses). Cerca de 25 minutos após o avião pisar em solo, já estava eu no saguão do aeroporto rumo à estação de trem que me levaria a Tóquio, incluindo aí o tempo de taxiamento, retirada de bagagem, imigração e alfândega.

E assim foi esse longo, porém bastante agradável, voo entre o O'Hare (Chicago) e Narita (Tóquio), com direito a muito sol, paisagens congeladas do Alasca e da Sibéria e passagem pela Linha Internacional da Data fazendo-se "perder" um dia, que somente seria recuperado no fim da viagem, na volta ao Brasil.

Adorei ter voado pela ANA e fiz questão de registrar isso aqui no Viajante Amador. Não conheço ninguém da companhia, nem recebi qualquer tipo de contrapartida por parte da empresa para escrever essas palavras. Elas foram escritas por acreditar que o que é bom precisa e deve ser elogiado.


Até o próximo post!


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