23.12.11

Novas regras sobre a dispensa de preenchimento da Declaração de Bagagem: E agora, José?

Nesses últimos dias, os órgãos de imprensa fizeram questão de publicar notícia referente à  Instrução Normativa RFB nº 1.217, de 20 de dezembro de 2011 sobre a dispensa da Declaração de Bagagem Acompanhada (DBA) para os viajantes que chegam do exterior. Tamanho foi o estardalhaço da divulgação que nós, reles viajantes, chegamos a pensar que algo realmente significativo teria mudado.

Nessa hora, falei: "Calma, José! Nada mudou.".

As regras sobre isenção e cobrança de Imposto de Importação continuam as mesmas. A Portaria 440 e a Instrução Normativa 1.059, nesse aspecto, permaneceram intactas. Todas aquelas explicações que já dei aqui no Viajante Amador também continuam se aplicando. Para lê-las, clique aqui.

Mas, então, o que mudou? Muito simples: se você não tiver bens a declarar, não terá que preencher aquele formulário branco da Receita Federal para entregar ao fiscal no desembarque. Só isso.

É. Ainda não foi dessa vez. De novo!

Abraços!

Posts da Série "Bagagem e Impostos":
Portaria 440/2010 do Ministério da Fazenda: a promessa que não se concretizou...
Portaria 440/2010 - Capítulo 2: A Instrução Normativa 1059/2010, ou "mais do mesmo"...
Portaria 440/2010 - Capítulo 3: Cara, cadê minha DST?!?!
Portaria 440/2010 - Capítulo 4: O segredo da Pitonisa
Novas regras sobre a dispensa de preenchimento da Declaração de Bagagem: E agora, José?


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13.12.11

Up-to-date: Recife-Maceió - condições da estrada (dezembro de 2011)


E mais uma vez o Viajante Amador realizou a simpática viagem de carro entre Recife e Maceió nos dias 10 e 11 de dezembro de 2011, final de semana passado. Aqui vão as atualizações sobre as condições da estrada:

Pela BR-101:
- a duplicação da BR-101 no trecho alagoano continua um sonho impossível. Nenhuma parte compreendendo a divisa com Pernambuco até Maceió está duplicada. A pista está em condições razoáveis, apresentando buracos e crateras perigosos com uma certa regularidade;
- o trecho entre Palmares (PE) e Novo Lino (AL), com mais ou menos 32 km, continua com 24 km de caminhos em péssimo estado. A ponte provisória que existia foi substituída por estrada. Houve uma discreta melhora em alguns pontos, o que faz com que esse trecho seja percorrido em quarenta minutos, ou um pouco menos.
- O trecho entre Palmares (PE) e Recife continua duplicado e OK. Em alguns locais, placas de concreto estão sendo refeitas, o que exige uma certa atenção do motorista para alguns estreitamentos de pista. Ainda assim, São 125 quilômetros (dos 259 totais) tranquilos.
- A distância entre as duas capitais, pela BR-101, continua um tédio só. Há poucos locais pra se parar para um descanso, um café, exceto postos de gasolina bem modestos. A estrada não tem qualquer atrativo. Continua sendo uma má escolha, mesmo pra quem estiver com pressa de chegar lá.

Pelo Litoral:
- Continuam sendo 262 km. 3 a mais que pela BR;
- O trecho entre o Cabo de Santo Agostinho (PE) e até depois da entrada para Porto de Galinhas está em reforma e ampliação (a contagotas), com alguns gargalos de trânsito e asfalto precário;
- Um outro pequeno trecho entre Porto Calvo e Japaratinga (ambas em Alagoas), a estrada exige mais atenção do motorista pela presença de alguns buracos bem grandes;
- O tráfego de caminhões é muito menor, o que exige menos ultrapassagens;
- Há vários locais para se parar, descansar e comer bem em Peroba, Maragogi e Japaratinga, além de alguns momentos em que se segue ao longo da costa, junto ao mar, o que torna a viagem infinitamente menos entediante que pela BR. Não deixe de ler o post específico sobre o assunto.

É isso. Continuaremos fazendo nossas viagens pelo litoral. Ainda não acredito que compense ir pela BR 101.

Abraço!


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29.11.11

Milhares de viagens e prêmios infinitos: sim, você pode!!!!

Dinheiro e carro: mais novo email fraudulento enviado aos clientes Fidelidade TAM...
Queridos leitores,

Às vezes eu fico besta com certas coisas aqui na internet. Houve um período, agora entre 2010 e 2011, em que todo santo dia eu recebia um email me informando ter ganho algum prêmio de loteria em algum país do mundo. Eram tantos prêmios que, juntando os valores, eu já poderia ter comprado Apple, Microsoft, Google, Facebook, Samsung e outras várias companhias mundiais diversas vezes. Talvez por já ter ganho todas elas, nunca mais chegou nenhuma mensagem me informando novos prêmios.

E pra compensar o sofrimento dessa "perda", contabilizei, nas últimas semanas, dez emails me dando prêmios em suposto nome do programa Fidelidade TAM. A origem de tudo isso, confesso a vocês, não sei. Talvez alguém tenha hackeado a base de dados do Fidelidade e conseguido os emails do pessoal todo e isso tenha caído em alguma lista de "spams" por aí. Pouco importa. O que interessa é que, mais uma vez, tem gente esperta querendo tirar vantagem dos desatentos por aí.

Vocês, como bons viajantes amadores, fiquem atentos. Seguem algumas capturas de tela desses emails:






O esquema é sempre o mesmo: vem uma mensagem dizendo:
a) que você é especial, bonito(a), chique, na moda, ou uma outra justificativa esdrúxula qualquer;
b) que por ser especial, ganhou um prêmio em dinheiro, pontos, carros, viagens (ou alguma outra promessa);
c) e que, pra receber a vantagem maravilhosa, basta clicar num link designado na mensagem.

Ao se clicar no link, que normalmente aponta para endereços (urls) super estranhos, vem algo assim:


Uma telinha cheia de imagens captadas do site da companhia aérea, com campos para você preencher com número do fidelidade, assinatura eletrônica e senha de resgate, ou seja, tudo o que um salafrário precisa pra emitir bilhetes com os seus pontos arduamente conquistados.

Confesso que não consigo conceber como alguém ainda cai nesse tipo de armadilha. Mas, só por precaução, aqui vão algumas considerações que valem tanto para esses casos do fidelidade, quanto para qualquer outra mensagem semelhante que você receba pela internet:

1. Não existe almoço grátis. Quando uma empresa oferece uma vantagem, ela normalmente vem agarrada a alguma promoção que exige algo de você: uma redação, uma frase, um pedido de divulgação de página do facebook e outras redes sociais, gastos maiores no seu cartão de crédito, e assim por diante. Por mais que você se ache merecedor de prêmio - e você pode até ser -, ele não virá de graça. E não vale acreditar, por exemplo, que o simples fato de encaminhar mensagens vai te deixar rico.

2. Sempre cheque a procedência das informações. É o que se chama de navegação segura. Se você recebeu um email com promoção do Fidelidade TAM, vá ao site oficial da empresa e verifique se a informação aparece lá. Se não souber como procurar no site, ligue para a central de atendimento ao cliente (toda empresa tem uma) e peça pra confirmar a disponibilidade da oferta. Em último caso, faça uma busca no Google (www.google.com.br) sobre aquela promoção e veja se algum órgão de imprensa, site ou blog já falou sobre ela.

3. Sempre cheque a procedência dos produtos e serviços. Se alguém oferecer a você uma passagem aérea por um preço muito baixo, procure saber como o preço foi conseguido. Esse "precinho camarada" pode, por exemplo, ter vindo de uma compra com cartões de crédito clonados ou de invasão e captura de dados de perfis de programa de fidelização (Smiles, Fidelidade etc) quadrilhas organizadas. Lembre-se de que a responsabilidade de fiscalizar e prevenir a atividade dos estelionatários TAMBÉM é sua.

4. Proteja seus dados pessoais e os dos outros. Não digite número de CPF, Identidade e endereço, informações bancárias e números de cartão de crédito sem que haja uma justificativa real para isso. Não divulgue seu email à toa pela internet, nem exponha o endereço virtual dos seus amigos, conhecidos e parentes, aprendendo a usar o campo "BCC" ou "CCO" no seu site ou programa de email. Se for encaminhar uma mensagem, apague qualquer endereço de email que esteja escrito dentro do texto.

Agindo de forma consciente, certamente você minimizará a chance de ser vítima desse montão de golpistas por aí.

Abraço!


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22.11.11

Velouté, concassé, tartar com manjar? (A.K.A. "Micro Dicionário de Gastronomia")


Comer é tudo de bom. E poder comer à vontade, sem culpa e sem medo de se arrepender nos meses seguintes, deve ser melhor ainda. Eu, infelizmente, não faço parte desse último grupo, mas quando como, tento aproveitar cada minuto.

Em algumas ocasiões, porém, comer pode ser uma tarefa difícil, principalmente pra quem não vive enfiado no mundo da gastronomia. São nomes e termos estranhos, oriundos principalmente da culinária francesa e que deixam qualquer não-expert na maior dúvida: afinal de contas, como saber se uma "cama de peixe com velouté e pannequet" é boa pedida? E o que danado é "confit" de "canard"?

A revista Época São Paulo resolveu dar uma mãozinha e publicou um matéria para ajudar a pessoas que, como eu e você, se perdem facilmente na estranheza desses cardápios. É claro que a matéria aponta os locais e os preços de onde você encontra essas delícias. Faz mal não. O que importa é aprender um pouquinho mais desse fantástico mundo saboroso...

Segue o link: http://epocasaopaulo.globo.com/comida-e-bebida/custa-traduzir/

Abraço!


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15.11.11

Arte China: Um chinês delícia na Tijuca!

Rolinhos primavera deliciosamente crocantes na zona norte carioca.

É uma raridade encontrar alguém que não curta - e muito - a culinária chinesa. A rica mistura de ingredientes adicionados a muito tempero caem como uma luva para o exigente paladar do brasileiro.

E para os moradores ou simplesmente para os que visitam o Rio de Janeiro, uma ótima escolha para se degustar os sabores do gigante asiático pode ser encontrada no bairro da Tijuca no restaurante Arte China.


Se você procura sofisticação, dê meia volta. O local é ultra simples, sem qualquer preocupação em conquistar o cliente com estética. Mesas de madeiras, pratos de plástico e copo americano são peculiaridades do local. Resumindo: vá pelos sabores e temperos.


Além dos tradicionais pratos que vemos em qualquer restaurante chinês do país, há um cardápio completo de especialidades cantonesas, além de um setor "somente para iniciados", como essa página do cardápio que vemos acima. O garçom até tentou nos explicar o que continha nela, mas sem muito sucesso.


Os risotos são simplesmente fabulosos. Há bem mais de uma dezena de variedades. Ruim é escolher apenas um deles.


E imagina o que tá no prato acima? Uma das especialidades da casa: rã. Eu nunca tinha experimentado (por puro preconceito) e achei a carne muito macia e bem saborosa. O problema é a abudância de ossinhos, o que dá um trabalhão pra comer. :)


O Yakisoba também é uma ótima pedida.


Ao final, a conta também surpreende com preços honestos e acessíveis a todos os bolsos. Mal posso esperar para voltar lá e me aventurar em outros pratos mais tradicionais ainda dessa fabulosa culinária oriental. Recomendo!

Serviço:

Restaurante Arte China
Rua do Matoso, 195, Tijuca, Rio de Janeiro
(21) 3546-4888 / 3546-4889



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17.10.11

Up-to-date: Buenos Aires - Quanto levar para gastar?


Para visualizar o post com a tabela de preços coletados entre julho e agosto de 2012, clique aqui.


Uma das coisas que considero mais legais aqui no Viajante Amador é a forte atuação dos colaboradores na produção do conteúdo dos posts. A participação mais explícita deles está na seção "Leitores pelo Mundo". Mas muito além desse momento, em que eles nos contam suas histórias de viagem, eu sempre recebo a ajuda de outros que, com sua atuação de bastidores, terminam por serem peças fundamentais na elaboração de posts memoráveis aqui no blog. Assim foi, por exemplo, com o experimento monetário-financeiro que eu e Eduardo Farias realizamos em 2010 pra ajudar o leitor a decidir qual moeda levar para uma viagem a Buenos Aires.

Agora em 2011, fiz um pedido à minha amiga Renata Gamelo, do Centro de Desing do Recife, que me ajudasse numa missão. Como ela está lá em Buenos Aires para passar alguns meses em um intercâmbio cultural, pedi que ela me ajudasse a tentar responder à dúvida mais comum nos comentários dos posts sobre a cidade: "Quanto levar para gastar numa viagem a Buenos Aires?"

Elaborei uma tabelinha contendo itens e produtos e ela ficou de coletar uma série de preços por suas andanças pela cidade. O resultado chegou na semana passada e veio com a colaboração de uma amiga porteña, Silvia Fabregas, a quem também muito somos gratos.

Mas antes de publicar os resultados da pesquisa, é preciso se fazer a seguinte ressalva: os dados foram coletados entre setembro e outubro de 2011 e os preços apontados serão corroídos pela inflação argentina nos próximos meses. De um ano para o outro, não estranhe se esses valores estiverem até 25% mais altos. Os preços das corridas táxi, por exemplo, subiram bem mais que isso nos últimos anos. Em 2003, quando  publiquei, pela primeira vez, o roteiro de 4 dias pela cidade, eu mencionava expressamente que os passeios de táxi entre até 3 bairros custavam - se muito - 5 Pesos. Esses trajetos, atualmente, dificilmente sairiam por menos de 30 Pesos. Uma atualização da tabela, com valores coletados em julho de 2012, deverá sair brevemente.

Ressalva feita, vamos aos preços:



ESTIMATIVA DE PREÇOS (EM PESOS) – BUENOS AIRES, SET/OUT 2011


Restaurantes
Refrigerante
7 a 8
Água
5
Suco
7 a 12
Vinho (taça)
20
Vinho (garrafa)
30 a 40
Bife de Chorizo
40 a 45
Bife de Lomo
50 a 55
Massa simples com molho
15 a 30
Massa recheada com molho
20 a 40
Pizzas muçarela/marguerita
35 a 55
Pizzas de outros sabores
40 a 65
Porção de papas fritas
20 a 25
Salada
20

Cafés
Espresso pequeno
9 a 14
Espresso grande
20 a 25
Capuccino pequeno
25 a 30
Capuccino grande
30 a 35
Cortado
9 a 14
Lágrima
14 a 20
Submarino
20
Porção de Medialunas
20 a 25 (porção com 3 unidades)

Sorvetes (Freddo, Persicco e Munchi’s, com variações de 3 a 5 pesos entre elas)
Casquinho simples
18
Casquinho grande
25 a 30
Quarto de quilo (1/4kg)
25 a 30

Fast Food
Combo McDonald’s (sanduíche + papas + refri)
30 a 45
Combo Burger King (sanduíche + papas + refri)
30 a 45

Transporte
Taxi Microcentro-Recoleta
40 (dia) / 50 a 55 (noite)
Taxi Microcentro-Palermo
50 (dia) / 55 (noite)
Taxi Microcentro-San Telmo
15 a 20 (dia) / 20 a 25 (noite)
Taxi Microcentro-Boca
20 (dia) / 25 a 30 (noite)
Subte
1.10
Ônibus
1.25

Bar
Cerveja Quilmes long neck
15 a 20
Cerveja Quilmes garrafa grande
25 a 30
Dose Vodka
20 a 25
Dose Tequila
20
Drinks elaborados
30
Fernet
25
Refrigerante
15
Água
15

Boate / Bar com Dancing
Cerveja Quilmes long neck
25 a 30
Cerveja Tirada 500ml (chope)
15 a 20
Cerveja Quilmes garrafa grande
25 a 30
Dose Vodka
15 a 20
Dose Tequila
20 a 30
Drinks elaborados
25 a 35
Refrigerante
15
Água
15



Pronto. Agora, é só fazer as contas no lápis pra se ter uma ideia de quanto gastar/levar para cobrir seus gastos de alimentação, transporte e lazer na sua ida a Buenos Aires.

Para aprender como saber o valor atualizado do Peso em relação ao Real, clique aqui

Posts da série "Buenos Aires, Argentina":

Destino: Buenos Aires - Roteiro para 4 dias
Viajando para a Argentina: levar Dólar, Peso ou Real? O que é melhor?
Up-to-date: Buenos Aires - Quanto levar para gastar?
Up-to-date: Buenos Aires - andando de ônibus e economizando pesos...
Up-to-date: Feira de Mataderos - um programa muito legal em Buenos Aires!
Mi Buenos Aires Querido (pero no mucho)...
Leitores pelo Mundo: os leões e tigres de Fernando no Zoo de Luján
Up-to-date: Buenos Aires Bus - O ônibus turístico de Buenos Aires
Up-to-date: Buenos Aires, julho de 2011: O Melhor Tango
Up-to-date: Buenos Aires, julho de 2011: Internet Pré-paga no seu Smartphone!
Up-to-date: Buenos Aires - Dúvida cruel: Freddo, Persicco ou Munchi's?
Up-to-date: Chan Chan: um peruano delícia em Buenos Aires
Las Violetas: café com charme e distinção em Buenos Aires.



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29.9.11

Up-to-date: Recife-Maceió - condições da estrada


O Viajante Amador já postou, em mais de uma ocasião, sobre a agradável viagem de carro entre Recife e Maceió. Uma dúvida constante, porém, é saber se a estrada está boa e se vale mais a pena ir pelo litoral (pelos seus atrativos) ou se pela BR-101 (atualmente em duplicação) é mais rápido.

Pois bem. No fim de semana passado, 24 e 25 de setembro de 2011, fomos investigar o assunto e chegamos às seguintes conclusões:

Pela BR-101:
- a duplicação da BR-101 continua a passos super lentos. O trecho entre Recife e Palmares está pronto há algum tempo e continua ok. São 125 quilômetros (dos 259 totais) de tranquilidade;
- o trecho entre Palmares e Novo Lino (AL), com 32 km, tem 24 km de caminhos em péssimo estado. Há até uma ponte provisória, para um carro por vez, com semáforo e tudo. Esse pedaço leva mais ou menos uma insuportável hora pra ser feito;
- Entre Novo Lino e Maceió não há duplicação e ela dificilmente (acredito) ficará pronta antes da Copa de 2014. As condições da estrada estão boas;
- Os 260km de distância entre as duas capitais, pela BR-101, continuam um tédio só. Há poucos locais pra se parar para um descanso, um café, exceto postos de gasolina modestos. A estrada não tem qualquer atrativo. Continua sendo uma má escolha, mesmo pra quem estiver com pressa de chegar lá.

Pelo Litoral:
- Continuam sendo 262 km. 3 a menos que pela BR;
- Com exceção do trecho que passa pela cidade do Cabo de Santo Agostinho, que está em reforma, e um outro pequeno trecho entre Porto Calvo e Japaratinga (ambas em Alagoas), a estrada está em boa condições;
- O tráfego de caminhões é muito menor, o que exige menos ultrapassagens;
- As obras de duplicação entre a entrada do Porto de Suape e Porto de Galinhas se arrastam. Não conte com a estrada duplicada ainda;
- Há vários locais para se parar, descansar e comer bem em Peroba, Maragogi e Japaratinga, além de alguns momentos em que se segue ao longo da costa, junto ao mar, o que torna a viagem infinitamente menos entediante que pela BR. Não deixe de ler o post específico sobre o assunto.

É isso. Continuaremos fazendo nossas viagens pelo litoral. Ir pela BR talvez valha a pena lá pra 2014.

Abraço!


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28.9.11

A Pan Am está de volta... na TV!


Estreou neste domingo, na americana ABC e canadense CTV, uma série que vai fazer muito sucesso principalmente entre os viajantes: Pan Am.

No gênero "drama", a série, passada na década de 60, terá como mote o cotidiano de funcionários e cliente da companhia Pan American World Airways (ou Pan Am, para os íntimos), a maior e mais importante companhia aérea norte-americana por mais de sessenta anos no século passado.

Num tempo em que viajar de avião era algo realmente para poucos, temos a certeza que série resgatará a imagem de glamour e exclusividade do universo "Jet Set". Responsabilidade grande, mesmo para quem já assinou projetos como ER e The West Wing, que fazem parte do currículo do roteirista e do diretor, respectivamente, da nova série.

Tomara que seja exibida no Brasil. Deverá vir para alguma TV por assinatura. Aguardemos.

Enquanto isso, fiquemos com o "promo" da série:



Abraço!


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O que fazer para enfrentar bem um voo de longa duração?

Para quem realmente gosta de viajar, sempre haverá um mal necessário: o avião.

Pois bem. Para todos aqueles que, como eu, se recusam a pagar 3 vezes mais por um upgrade para a Executiva ou "n" vezes mais pela primeira classe, aqui vão alguns conselhos para tornar sua experiência de voo menos traumática:

PASSATEMPOS
Na bagagem de mão, sempre carregue objetos que proporcionem entretenimento, sem que você tenha de depender do conteúdo (de qualidade questionável) normalmente oferecido nas aeronaves. Lembre-se de que você pode dar a "sorte" de ter a telinha de programação pessoal com defeito, ou ainda de já ter visto todos os filmes que serão exibidos no voo.
Comigo, sempre carrego:
(a) um "note" ou "netbook" (para ver filmes, séries de TV, ouvir música, jogar joguinhos para computador, planejar roteiros, rascunhar posts pro Blog, ver as fotos digitais etc);
(b) um PSP (PlayStation Portable), da Sony. É incrível como o tempo passa rápido quando eu jogo "Rock Band" durante a viagem. Um Nintendo DS é igualmente útil;
(c) um iPhone, iPod ou qualquer dispositivo que reproduza áudio ou vídeo (se bem que os dois "trecos" acima já cumprem essa função);
(d) uma máquina digital (para rever ou apagar as fotos batidas recentemente ou ainda para fotografar aquela "celebridade" que viaja ao seu lado; e
(e) livro(s) ou revista(s).

CONFORTO
Gente, tirando a Primeira Classe e a Executiva, existe coisa mais desconfortável que uma poltrona de avião? Acho que só pau-de-arara...
Tentando minimizar o martírio "ergonômico" produzido por aquelas cadeiras infernais e para facilitar a ocorrência de um "cochilo", também sempre carrego comigo:
(f) uma pequena manta ou cobertor (que eu uso muitas vezes para apoiar o pescoço);
(g) um protetor auricular (ajudar a dormir que é uma beleza);
(h) uma venda de olhos (escuridão total... Que maravilha...).

MOVIMENTO
Permanecer imóvel durante muito tempo pode causar danos à saúde. O principal deles é o risco da trombose, uma coagulação de sangue nas veias, notadamente nas pernas, que pode ocasionar a embolia pulmonar (para mais detalhes, clique aqui). As melhores formas de preveni-la são:
(1) fazer pequenas caminhadas e/ou exercícios de alongamento a cada duas horas (e é exatamente por esse motivo que NÃO se recomenda ao passageiro o uso de medicamentos para dormir);
(2) usar roupas e calçados confortáveis; e
(3) ingerir bastante líquido durante o voo (até porque, com a bexiga cheia, você necessariamente terá que se levantar para ir ao banheiro de tempos em tempos).

ALIMENTAÇÃO
Durante o voo, tanto a barriga cheia quanto a vazia servem para potencializar todas as sensações de desconforto.
Evite refeições pesadas antes do embarque. Tampouco se confie no delicioso e farto cardápio oferecido pelas aéreas. Faça um bom lanche, cerca de meia hora antes do check-in, evitando gorduras e frituras. Se for embarcar por Guarulhos, faça um grande lanche, pois as filas de check-in e embarque frequentemente são gigantescas.
E se você for daqueles com problemas de gases, passe longe dos refrigerantes (aqueles mesmos, oferecidos várias vezes pelos comissários de bordo) e não se acanhe de recorrer à velha Dimeticona (com moderação, claro).

Espero que essas dicas ajudem vocês a tolerarem mais tranquilamente a (lamentavelmente necessária) experiência de voar.

Abraços a todos.


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26.9.11

Preparando a sua viagem: Moeda em espécie, cartões de crédito, de débito e Visa Travel Money - Como funciona? Quem já usou?


Viajar para o exterior traz sempre uma dúvida: qual a melhor forma de pagar meus gastos no país de destino? Quando se começa a pensar e pesquisar sobre o assunto, surgem ainda mais dúvidas: "levar em espécie?", "Deixar pra usar Cartão de Crédito?", "E o IOF?", "Qual a melhor casa de câmbio?", "Qual a operação mais vantajosa?" e assim por diante.

E justo para evitar que essas incertezas se prolonguem muito - e isso estrague a sua viagem - meu primeiro conselho é: não perca muito tempo se torturando com essas decisões. Tenha em mente uma coisa: TODAS essas operações SEMPRE gerarão um gasto (uma perda financeira) e isso você tem que botar na sua planilha de custos de viagem. Não há como se lucrar com isso, a não ser que você seja um corretor de câmbio ou dono de uma Casa de Câmbio.

Se você está de passagem marcada para Buenos Aires, recomendo que você leia o post sobre o experimento monetário que o Viajante Amador realizou ano passado e chegou a algumas conclusões sobre como minimizar gastos de câmbio. Mas atenção: o que lá está escrito só serve para Buenos Aires.

Já para o viajante com destino escolhido para os outros países do mundo, as opções não são muitas: 1) comprar aqui no Brasil a moeda em espécie do país de destino; 2) comprar Dólares Americanos ou Euros e levar para fazer câmbio nos locais de destino; 3) usar cartões de crédito ou débito nos locais de destino.


COMPRA DE MOEDA EM ESPÉCIE NO BRASIL

Comprar moeda estrangeira em espécie, no Brasil, não é tarefa fácil, nem barata. Diferentemente de países como o Uruguai (em que se troca de moeda em qualquer casa de câmbio sem a menor burocracia), nossa legislação restringe bastante as operações de câmbio e tudo tende a ser muito controlado e burocratizado. Assim, com o passar dos anos, perdemos a prática de lidar e trabalhar com  naturalidade moedas estrangeiras aqui no país e isso faz com que ela se torne escassa e cara.

Com exceção do Dólar Americano, do Euro e da Libra, é incomum se encontrar no Brasil casas de câmbio que operem com outras moedas. O Peso Argentino vem sendo ofertado com mais abundância nos últimos anos, mas ainda assim não tem disponibilidade imediata e irrestrita nos estabelecimentos.

Desse modo, se você vai viajar para algum país cuja moeda esteja disponível em casas de câmbio aqui, fique atento apenas para as taxas que você pagará pela transação, assim como a diferença entre o valor "oficial" da moeda e o preço ofertado para você comprá-la (para aprender como consultar o valor "oficial", clique nesse post que eu escrevi). Às vezes, essa distância é tanta que realmente não compensa comprar muita moeda em espécie. Apenas o básico.

Se o país a ser visitado for daqueles com moeda não disponível em casa de câmbio ou que seja uma raridade (como, por exemplo, a Lempira de Honduras), o segredo é comprar Dólares Americanos e levar pra trocar por Lempiras lá.


USO DE CARTÕES DE CRÉDITO

Na minha modesta opinião, acredito que essa seja uma opção bastante prática. Basta você entrar em contato com a administradora do seu cartão (muitas vezes é o banco em que você possui conta) e saber se ele está habilitado para uso no exterior. Se não estiver, solicite a liberação. Aproveite para perguntar se há taxas para utilização ou saques no estrangeiro e quais são elas.

Ao efetuar uma compra no país visitado na função CRÉDITO, o valor da operação é transformado na hora para dólares americanos e inserido na sua fatura. É cobrado o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sobre a compra, de 6,38%. Na data de fechamento da sua fatura, o valor em Dólares é convertido para Reais com a cotação daquele dia. Em alguns cartões, a data do vencimento será o momento da finalização da compra e, portanto, se a cotação variar entre fechamento e vencimento , haverá ajuste para a fatura do mês seguinte, para mais ou para menos. Em outro cartões, a finalização se dá na data do PAGAMENTO da fatura (independentemente do vencimento), havendo os mesmos tipos de ajustes, para mais ou para menos, na fatura seguinte.

Vantagem no uso do cartão de crédito: maior segurança. Não se precisa ficar carregando um monte de cédulas. Em caso de furto, perda ou roubo do cartão, basta ligar pra administradora (leve o número para o qual se deve ligar estando no exterior) e comunicar o ocorrido. Sendo caso de perda, vale a pena tentar uma restrição temporária de limite. Além dessa vantagem, é importante lembrar que as compras nos cartões podem gerar pontos em programas de fidelidade e isso poderá ser revertido a seu favor no futuro.

Desvantagem: às vezes, entre a compra, o fechamento da fatura e o vencimento/pagamento, passam-se muitos dias. E, como sabemos, no Brasil, em 15 dias o valor do Dólar pode variar bastante. Nesse caso, recomendo que você só use o cartão no exterior até 7 dias antes da data do fechamento da fatura. Essa informação você pode obter junto à administradora do seu cartão. O IOF mais alto (6,38%) também pode tornar essa opção menos atraente, muito embora a taxa de câmbio utilizada pelas administradoras de cartão seja normalmente mais baixa que a do Dólar Turismo (usada nos cartões de débito pré-pagos).

E nem pense em usar o cartão de crédito (não vinculado à sua conta no banco) para sacar dinheiro no exterior. É a pior coisa que você pode fazer, pois se sujeitará a taxas altíssimas.


USO DE CARTÕES DE DÉBITO

 Via de regra, os cartões de banco com função crédito também podem ser utilizados no exterior para compras na função "débito" e para saques em caixa eletrônico. Muito embora o IOF nessas operações seja o de 0,38%, é bem comum os bancos cobrarem taxas fixas ou percentangens incidentes sobre cada operação. Vale a pena consultá-los sobre isso.

Mas pra quem não quer complicações com o banco e administradora do cartão, uma boa pedida é adquirir um cartão de débito internacional pré-pago. A Visa oferece esse serviço através do Visa Travel Money (ou VTM, para os íntimos).

Esses cartões são "vendidos" nas seguintes instituições:
  • Banco Bradesco (4004 7797 - Dólar Americano)
  • Banco Cruzeiro do Sul (Dólar Americano, Dólar Australiano, Dólar Canadense, Dólar Neozelandês, Euro, Franco suíço, Libra Esterlina, Iene, Peso Argentino, Peso Chileno e Peso Boliviano)
  • Banco do Brasil (4004 0001 - Dólar Americano e Euro)
  • Banco Rendimento (4003-7666 - Dólar Americano, Euro e Libra Esterlina)
  • Banco Schahin (0800 703 1996 - Dólar Americano, Euro e Libra Esterlina)
  • CBSS (4003 9220 ou 0800 880 9220 - Dólar Americano)
  • Confidence (3614 1100 - Dólar Americano, Euro, Libra Esterlina, Peso Argentino e Rand)
E como ele funcionam? Você compra o cartão (na Confidence, ele custa quinze reais), cadastra uma senha,  compra uma quantia em moeda estrangeiras na instituição (geralmente a uma cotação um pouco menor que a cobrada pela moeda em espécie) e ela é carregada no seu cartão VTM. Você vai usando o cartão ao longo da viagem pela rede do Visa Eléctron ou Visa Plus (para os saques, normalmente acompanhados de uma pequena taxa). Só isso. Os saldos podem ser consultados pela internet. Se houver necessidade, você poderá pedir a um parente seu para comparecer à mesma instituição da compra do certão para fazer uma recarga de mais "dinheiros".

Uma coisa muito legal do sistema é que, muito embora eu escolha uma única moeda para a compra dos "créditos", eu posso usá-lo em outros países do mundo com moedas diferentes. Na hora da compra, porém, haverá uma operação eletrônica automática de câmbio, com uma discreta perda, mas creio que a comodidade do serviço compense. Exemplo: compro um VTM de Euros. Saio da França para a Inglaterra. Lá, toda compra gerará uma conversão de Libras para o correspondente em Euros que serão abatidos dos créditos iniciais. O segredo, aqui, é você escolher a moeda que mais utilizará durante a viagem. Assim, as perdas são minimizadas.

As vantagens desse sistema são a segurança (o uso requer senha), a substituição rápida (há promessa de reposição rápida do cartão em caso de perda, furto ou roubo), a certeza das tarifas e cotações (que são pagas antecipadamente) e o IOF de 0,38% (pois se considera operação financeira realizada no Brasil). Confesso que não pesquisei se há como ganhar milhas ou pontos nessas compras. A desvantagem é a diferença cobrada pelas instituições entre o câmbio oficial e o preço da moeda estrangeira oferecida por eles. Nesse caso, uma consulta a todas as instituições para saber as taxas e as cotações do dia pode ser uma medida bastante útil para diminuir gastos.

E você, qual a estratégia adotada antes da sua viagem? Compartilhe a informação conosco.

Abraço!


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22.9.11

Up-to-date: Vinh's: um vietnamita delícia em Orlando


Em maio de 2010, voltei a Orlando depois de mais de dez anos de saudades dos parques da Disney e Universal. Na ocasião, fui ao centro (Downtown) de Orlando pra comprar uns acessórios da câmera na loja Harmon Photo.

No caminho para a loja, percebi que passei por praticamente um bairro todo oriental, com destaque para lojas, galerias e restaurantes vietnamitas. Fiquei doido de curiosidade para experimentar as opções gastronômicas, mas, por falta de tempo (era uma viagem de menos de 10 dias - o que é muito pouco pra quem quer explorar todos os parques de Orlando e Tampa), terminei tendo que deixar pra depois.

Chegou dezembro, eu estava passando um tempo em Atlanta e, num fim de semana, desci de carro até Orlando (uns 700 km) pra conhecer as atrações de Harry Potter no Island's of Adventures e, obviamente, não perdi a chance pra realizar aquilo que tinha ficado pendente.

Voltei para a região da East Colonial Drive e parei pra comer no Vinh's.


O ambiente é bem simplezinho. Sem frescuras, lá se encontra o básico de um restaurante: espaço aberto, mesas e cadeiras.

Um simpático garçom, que não falava muito bem inglês, veio me atender. Eu tive uma certa dificuldade pra explicar que sou meio alérgico (se é que alguém pode ser "meio" alérgico) a pimenta e ele me apontou no cardápio as opções que menos privilegiavam aquele tempero superestimado (pois é, não sei porque as pessoas gostam tanto de pimenta. Só faz arder a boca. Coisa sem graça. Mas tudo bem, voltemos pro texto).



Pra minha grata surpresa, o cardápio era imenso, tanto para as opções picantes quanto para as não-picantes. E os preços eram ótimos!

Escolhi entrada e prato principal. Voilà:


A entrada lembrava uns rolinhos primavera, mas sem qualquer fritura. A massa, translúcida e flexível, era cozida juntamente com o recheio. Já o prato principal era um cozido, meio com cara de sopão, de vegetais, folhas, macarrão e carne de porco finamente fatiada, acompanhado de mais vegetais (broto de feijão, hortelã e manjericão) e molho de amendoim.

Confesso que a comida me agradou bastante. Apesar de pouco salgada para o paladar brasileiro, tudo me parecia muito leve e, acima de tudo, com uma boa sensação de refrescância (graças à ação do coentro, do cebolinho, da hortelã e do manjericão). Achei tudo muito interessante. E ainda voltarei lá pra experimentar outros pratos.

A experiência me custou menos de vinte dólares. Valeu demais. Recomendo.

Abraço!

Serviço:

Vinh's Vietnamese Cuisine
East Colonial Drive, 1231, Orlando-FL
(407) 894-5007




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