30.11.09

Destino: Dublin e arredores (parte 1)

O'Connel Bridge (1880), Dublin, Irlanda. Foto: Breno Beltrão.

Dublin, Baile Átha Cliath, the Dirty Old Town. Os três nomes são aceitos para designar uma das capitais européis de maior crescimento das últimas décadas.

Dublin fez parte de uma viagem que fiz ano passado para as "Ilhas Britânicas", região que engloba Irlanda e Reino Unido (Irlanda do Norte, Escócia, País de Gales e Inglaterra - esses três últimos compondo a Grã-Bretanha).

As origens mais remotas da cidade datam de 140 d.C, o que faz dela um local muito antigo. Infelizmente, desses tempos, não mais se encontra nada na cidade, cuja feição atual guarda forte relação com os séculos XVII a XIX. No entanto, o visitante ainda pode encontrar alguns prédios e construções dos séculos XII e XIII, na Dublin Viking/Medieval nos entornos da Catedral Christchurch.

Réplica de mapa da Dublin Medieval, cercada por muros. Foto: Breno Beltrão.

Além do forte conteúdo histórico, Dublin (e a Irlanda, como um todo) é conhecida mundialmente pelos seu Pubs, cujo modelo arquitetônico é objeto de exportação. E também é lá onde se fabrica e se bebe (e muito) a verdadeira cerveja Guiness, de coloração escuração e sabor amargo, tão apreciada mundo afora.

Pub "The Long Stone", centro de Dublin.

Algo que acentua o interesse por Dublin (pelo menos pra mim), é o fato de ela ser um cidade bilíngue. Além do inglês, oficial na fala e na escrita, o país continua mantendo o Gaélico (Irlandês) como segunda língua, presente em placas e sinais indicativos oficiais da cidade. O idioma, porém, não chega a ser ouvido nas ruas de Dublin, fato que ocorre com bem mais frequência nas cidades e províncias da costa oeste do país.

Placa em gaélico nas ruas de Dublin. Zero relação com a língua portuguesa. Foto: Breno Beltrão.


"QUANTOS DIAS DEVO FICAR EM DUBLIN?"

A resposta vai depender da disposição do visitante. Um turista em boa forma conseguirá percorrer praticamente todos os destinos turísticos da cidade e arredores em 03 dias.

Uma boa pedida é comprar, já no aeroporto, o "3 Day Freedom Ticket", um passe de transporte que, por 25 Euros, permite o uso ilimitado dos ônibus públicos da cidade, dos "Airlink Airport Express" (ônibus aeroporto-centro), dos "Nitelink" (ônibus noturnos - 22 às 05) e, o melhor de tudo, dos ônibus de turismo estilo "Hop On Hop Off", aqueles em que se sobe e desce livremente em paradas próximas de atrações turísticas.

Além dessas formas de transporte, há na cidade, ainda, o DART, um trem/metrô de superfície que você poderá usar para se transportar rapidamente para Dun Laoghaire, Dalkey e Killiney.

Para chegar a Dublin de outros locais da Europa, voos baratos podem ser encontrados pela Aer Lingus e, principalmente, pela Ryanair. O bilhete Paris-Dublin me custou míseros 15 Euros. Mas cuidado quando for embarcar: respeite as regras da companhia. Se você pagar por 15 quilos de bagagem, o peso extra sai uma fortuna; se pagou pelo bilhete com "check-in" online, vá para o aeroporto com o cartão de embarque impresso, senão você pagará uma pesada multa.

Ryanair: transporte simples, barato e sem qualquer regalia. Foto: Breno Beltrão.

"ONDE DEVO FICAR EM DUBLIN?"

Felizmente, tive a grata oportunidade de ser hospedado pela minha amiga Márcia Costa e seu simpaticíssimo marido Peter Halinnan, em Booterstown, uma bela e tranquila vizinhança a 20 minutos do centro da cidade.

Se você não tem tanta sorte assim, não se preocupe. Pode buscar hospedagem em qualquer ponto perto do centro da cidade, ao sul ou ao norte do rio Liffey. O centro, que agrega 90% das atrações turísticas interessantes, não é grande e praticamente não se ouve falar de violência na cidade. Pode caminhar pelas ruas tranquilamente, dia e noite, mesmo se ouvir gente falando português (é incrível o número de brasileiros morando em Dublin). Só tome cuidado com os bêbados chatos (e algumas vezes inconvenientes, principalmente para as mulheres) na região de Temple Bar, onde se localizam a maiorias dos bares e boates dublinenses.

Minha amiga Márcia Costa e cabeção do The Long Stone (10/11 Townsend St, Dublin 2). Foto: Breno Beltrão.

"O QUE TEM PRA SE FAZER EM DUBLIN?"

A "dirty old town" tem muito para oferecer ao visitante. E é isso que pretendo mostrar a vocês em dois outros "posts" que serão publicados brevemente sobre essa cidade tão agradável.

Slán (tchau)!


Cesta de lavanda em uma calçada de Blackrock, Dublin. Foto: Breno Beltrão.

Posts da Série "Dublin":



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