Em dezembro de 2008, viajei aos EUA para participar de um curso de duas semanas na Universidade de Athens, Geórgia. Foi, inclusive, minha primeira viagem a trabalho, mas que não deixou de ter um cunho turístico no tempo livre.
Pois bem. Como éramos um grupo de 50 participantes, ficamos no Holiday Inn Express da cidade, o único bem perto do campus com estrutura suficiente pra dar conta de tantos brasileiros.
O hotel, em si, era bem básico. Confortável, porém básico. Limpo, mas singelamente básico. Excelente atendimento, mas, ainda assim, básico.
O café da manhã, incluído na diária (o que não é muito comum mais nos EUA), foi sempre o mesmo ao longo das duas semanas. A variação era apenas quanto aos "quentes", em que um dia se tinha um hambúrguer levemente picante (o que não é muito apetitoso como opção de desjejum para nós, brasileiros), e, no outro, salsichas. A seção dos doces, porém, era uma festa, com destaque para um "cinamon roll" (rolinho de canela, em tradução livre) que, pra mim, era o dez!
O grande detalhe do hotel, porém, eu findei por descobrir depois: a canela. Além de estar presente, com força, no café da manhã, o aroma de canela também batia forte o tambor durante o banho: sabonete, xampú, condicionador e creme hidrante, todos com aroma da canela.
Eu terminei me apaixonando por aquele cheirinho bom de canela e, provavelmente como gostaria o departamento de marketing do Intercontinental Hotels Group (atual gerente da marca Holiday Inn Express), associei o aroma de canela à marca.
No ano passado, ao ir à Flórida com a família, puxei a brasa para ficarmos no H.I.Express de Miami. E sabem por quê? Pelo (mal)dito aroma de canela. Pode? Fomos e eu reabasteci meu estoque de sabonetes, xampus, condicionadores e hidratantes de canela... :)
E por que eu resolvi contar essa estória pra vocês? Simples. Hoje à tarde, em Natal, vi o prédio bacana onde fica o H.I.Express de Ponta Negra. E ao voltar pra casa, de carro, com o braço todo queimado e ressecado do sol, sabem o que foi que eu fiz? Taquei o hidratante de canela... Marcador somático? Quem se importa?
É nessas horas que a gente percebe o quanto um pequeno detalhe, bem trabalhado, faz toda a diferença...
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