3.12.09

Destino: Dublin e arredores (parte 2) - ao norte do rio Liffey (dia 2)

Áras an Uachtaráin, Phoenix Park, Dublin. Foto: Breno Betrão.


No "post" anterior, percorremos a região central de Dublin localizada abaixo (sul) do rio Liffey. Fizemos nosso percurso de acordo com o itinerário dos ônibus turísticos "hop on hop off" (sobre-e-desce), que circulam pela cidade em intervalos de 10 a 15 minutos, das 09:00 às 17:00, diariamente.

Lamentavelmente, no dia em que fiz a continuação do passeio - Dublin ao norte do Liffey - o tempo estava bem ruinzinho, muito nublado e com chuviscos esporádicos. Pra piorar, não fui diligente o suficiente para carregar as duas baterias da minha Fuji F100fd que tinha à época. Juntando "A" com "B", de antemão vocês entenderão que este "post", muito diferentemente do anterior, não terá tantas fotos. Eu sei que infringi um dos mandamentos mais importantes do viajante amador: "Jamais saia para turistar sem que o apetrecho fotográfico apresente-se inteiramente funcional". "Mea culpa, mea maxima culpa". Peço perdão por essa falha inescusável.

Mas vamos ao que interessa. Dia 02, aqui vamos nós!


01. PARADA 17 - Phoenix Park

Vista aérea do Phoenix Park. Fonte: phoenixpark.ie

Gente, o Phoenix Park é gigantesco. São 7 milhões de metros quadrados. Ou 7 quilômetros quadrados, o que grosseiramente falando, faria com que a gente imaginasse um retângulo com lados de 2km e 3,5km.

Ele é tão absurdamente grande que o próprio Google Maps o retrata parte em alta definição, parte em baixa.

Em sua origem, 1662, o parque foi concebido como área de caça de veados e se estendia até o outro lado do Liffey. Em outras palavras, era maior ainda. Imagine...

"E O QUE TEM PRA FAZER NESSE PARQUE TÃO GRANDE?"

O ônibus turístico vai mais ou menos até a altura do Áras an Uachtaráin (foto acima), local de residência do Presidente da Irlanda, de onde ele faz a volta até a parada em frente ao zoológico. Se você não estiver lá num sábado, dia da semana em que ocorrem visitas guiadas ao prédio, nem se dê ao trabalho de refazer todo o percurso a pé apenas para bater uma foto. É muito esforço pra pouca coisa. Satisfaça-se com o tour virtual que o site deles oferece.

Tendo tempo, vá ao zoológico. Depois, antes de pegar o ônibus para as paradas seguintes, bata uma boa foto junto ao Wellington Monument e perceba que também os irlandeses constróem monumentos eretos, simbolos fálicos de poder.

Wellington Monument, construção de 1817, Phoenix Park, Dublin. Foto: Breno Beltrão.

02. PARADA 19 - Collins Barracks e Old Jameson Distillery

Descendo na parada 19, bata uma foto em frente ao Collins Barracks. Aproveite e entre nele, pois desde 1997 o local é parte integrante do Museu Nacional da Irlanda nas áreas de história e arte decorativa. E pra melhorar ainda mais a coisa, o acesso é gratuito. Adoro coisas 0800... :)

Após a visita ao museu, siga na direção leste pela Arran Quay (pronuncia-se "qui-i", igual a "Key") e dobre à esquerda na Bow Street até a destilaria do "whiskey" Jameson (Old Jameson Distillery). Foi em Dublin que eu fiquei sabendo que o "Whiskey" é criação irlandesa, (do termo Uisce Beatha - algo como "uíscâ barra" - água da vida em gaélico), cabendo aos escoceses sua difusão pelo mundo afora. O tour pela destilaria custa 13,50 euros e vale bastante a pena.

Caminhe de volta para a Arron Quay e embarque no ônibus no local correspondente à parada 20.

03. PARADA 21 - O'Connell Street

Sede dos correios da Irlanda, O'Connell St., Dublin. Foto: Breno Beltrão.

A O'Connell vai ser a última parada turística. A partir dela, todo o resto do percurso será feito a pé.

Em seu início se vê o O'Connell Monument, de 1882. Seguindo em direção ao norte, o visitante passará pela prédio sede dos correios da Irlanda (General Post Office, 1818) e à direita, entre os dois lados da avenida, fica a Spire, uma agulha gigante de 120 metros de altura, de 2003, escultura construída no local onde ficava o Pilar (ou Coluna) de Nelson, destruído em atentado do IRA em 1966.

The Spire, O'Connel Street, Dublin. Foto: Breno Beltrão.

A essa altura, você estará bastante cansado do dia puxado. No entanto, como viajar não é para os fracos e você pode muito bem descansar quando voltar para casa, prepare-se para continuar andando. Keep walking...

Subindo a O'Connel Street, bata uma foto junto à estátua de James Joyce, outra em frente ao Parnell Monument e, ainda na praça com o mesmo nome, passeie pelo Garden of Rememberance, pelo Writers Museum e, em seguida, caminhe toda a O'Connell de volta até a Eden Quay (onde você já viu o O'Connel Monument antes). Pegue à esquerda até o prédio da alfândega (Custom House).

Custom House (1791). Custom House Quay, Dublin. Fachada monumental. Foto: Breno Beltrão.

Atravesse o rio Liffey, a essa altura já com o sol se pondo.

Rio Liffey ao entardercer. Divide Dublin nas porções norte e sul. Foto: Breno Beltrão.

Já quase sem esperanças de obter uma foto decente da Custom House, tenha uma ótima surpresa ao descobrir que somente do lado sul do Liffey é que você vai conseguir focar o prédio na íntegra.

Fachada integral da Custom House, Dublin.

Pronto. Agora estamos satisfeitos. E se você realmente cumpriu todo o roteiro dos dias 01 e 02, tiro o chapéu pra você. Fizemos muito em pouco tempo e estou certo de que nos divertimos bastante, não é?

Slán.


Posts da Série "Dublin":

Dublin e Arredores
Dublin e Arredores - Dia 01: ao sul do Rio Liffey
Dublin e Arredores - Dia 02: ao norte do Rio Liffey


Gostou do post? Clique no botãozinho "+1" abaixo e ajude-nos a divulgá-lo.