29.1.10

Destino: Lisboa - Roteiro para 3 dias. Dia 02: Belém.

Torre de Belém. Foto: Breno Beltrão.

Nosso segundo dia de visitas a Lisboa será dedicado a Belém.

O nome "Belém" nos remete a vários pensamentos: a cidade de nascimento de Cristo, a capital do estado do Pará, a cantora "Fafá de Belém" (muito apreciada pelo meu falecido avô) e Joelma / Banda Calypso.

Os gulosos de plantão, porém, encontram em "Belém" a deliciosa referência aos conhecidíssimos Pastéis de Belém. Pois é lá mesmo, nessa região que visitaremos hoje, que existe o verdadeiro, o único, o legítimo "Pastel de Belém". Fora de lá, as guloseimas de creme e baunilha só podem ser chamadas de "Pastel de Nata". É como aquele lance que envolve "Champagne" e "Espumante".

Mas muito além dos pastéis, a região de Belém é extremamente diversificada, turisticamente falando. Há tanto o que fazer por lá que se pode tranquilamente dedicar um dia inteiro de visita para a área.

'umbora pra lá? ;)


COMO CHEGAR A BELÉM

O modo mais interessante de se chegar lá é através do eléctrico (bonde) de número 15E. Ele é o responsável pelo trajeto Praça da Figueira - Algés e nos transporta até Belém de modo seguro e (não muito) rápido.

Mapa do itinerário do eléctrico 15E. Foto: Breno Beltrão.

Para tomar o eléctrico, pegue o Metro, linha verde, e e desça na estação "Rossio". Procure a saída "Praça da Figueira". Chegando à Praça, procure a parada do eléctrico (dica: busque trilhos no chão) que fica bem próxima à Rua dos Fanqueiros. É só aguardar a chegada do veículo. Além da placa com o "15", é fácil reconhecê-lo, pois é modernoso, com 3 "vagões".

Detalhe do eléctrico 15E pela Rua dos Fanqueiros. Foto: Breno Beltrão.

Ao entrar, compre o bilhete até a "paragem" "Largo Princesa" ou valide (aproxime o Lisboa Viva ou Lisboa Card da leitora magnética) o seu cartão, sente e espere. Em mais ou menos meia hora você chegará ao destino. Aprecie a viagem, bata umas boas fotos, principalmente quando você estiver passando por baixo da gigantesca Ponte Vinte e Cinco de Abril.

Chegando ao Largo Princesa, vire à esquerda (em direção ao Tejo) e vá até a Avenida da Índia e a atravesse pela passarela. A essa altura, você já verá a Torre de Belém ao longe:


A visita apenas à Torre de Belém custa 4 euros, exceto aos domingos, até as 14:00, que é grátis. Uma boa escolha, porém, é a compra do bilhete conjunto (Torre de Belém e Mosteiro dos Jerônimos), que sai por 8 Euros. Há, ainda, a possibilidade de se comprar o bilhete conjunto do circuito Lisboa Monumental. Além dos dois monumentos anteriores, o ingresso dá direito a visitar o Palácio da Ajuda, tudo isso por 10 eurinhos. Mas nada se compara à pechincha de você ter comprado o Lisboa Card. Com ele, a entrada nos 3 locais é totalmente 0800. Perfeito!

Subida à Torre de Belém: grátis com o Lisboa Card.

Para mais imagens a partir da Torre, clique aqui.

Ao sair da Torre, caminhe para o oeste. Ao olhar para trás, você terá essa bela visão:


Siga seu rumo (como mandaria a cantora Pimpinela, em canção homônima, lá pelos idos de 1980 e pouco).

A essa altura, ao olhar para frente, você já poderá ver o Padrão dos Descobrimentos:


O imenso bloco de concreto trabalhado de 54 metros de altura (2,50 euros; 30% de desconto com o Lisboa Card) abriga um espaço para exposições, além de um mirante com uma fantástica visão do Tejo e da Torre de Belém.

Detalhe da fachada leste do Padrão dos Descobrimentos e parte dos 33 navegadores esculpidos na obra. Foto: Breno Beltrão.

Logo abaixo, colado ao monumento, vê-se uma gigantesca rosa dos ventos e, no seu centro, um mapa mundi com os anos de chegada das expedições portuguesas.

Rosa dos Ventos e mapa dos descobrimentos. Fonte: Wikipedia.

Expedições portuguesas à Asia e Oceania. Foto: Breno Beltrão.

Ó nós na fita aí, pessoá!!!! Foto: Breno Beltrão.

Ao sair do Padrão, utilize a passagem subterrânea para chegar à Praça do Império.

Se ainda for relativamente cedo (por volta do meio-dia), vale a pena pegar à esquerda na Praça para visitar, na sequência, o Centro Cultural Belém, o Museu do Design, o Planetário Calouste Gulbenkian, o Museu da Marinha e o Museu de Arqueologia. Se, no entanto, você pretender fazer, em um só dia, Belém e Parque das Nações, pule logo para o Mosteiro dos Jerônimos.

Mosteiro dos Jerônimos. Visita imperdível na região de Belém.

O Mosteiro, do Séc. XVI, é uma das (talvez a principal) obras fundamentais do estilo decorativo rebuscado Manoelino. A visita à Catedral é grátis e só é interrompida nos momentos de missa. A entrada no Mosteiro é paga (6 euros, incluindo os claustros; grátis com o Lisboa Card) e é algo que não pode deixar de ser feito pelo turista.


Saindo do Mosteiro, continue caminhando para oeste e após cerca de 200 metros, do lado esquerdo, no número 90 da Rua da Belém, você encontrará a Antiga Confeitaria de Belém, sede dos deliciosos Pastéis de Belém.


Nela, é possível se fazer a compra dos doces ou salgados no balcão junto à entrada. A melhor opção, porém, é entrar para o salão com mesas que fica mais ao fundo.


Dada a imensa rotatividade da frequência de turistas no local, a espera não é longa. Não mais que dez a quinze minutos. Durante esse tempo, aproveite para examinar algum dos cardápios afixados na parede:


Sente, faça seu pedido e aprecie calmamente esse momento. Lembre-se: você fez por merecer (provavelmente... rsrsr). ;)

Pastel de Belém. Prove-o com e sem a canela polvilhada por cima. Foto: Breno Beltrão.

Antes de sair da Confeitaria, aproveite para dar uma olhada na linha de produção da guloseima mais consumida do local:


Já tendo saído da Confeitaria, recupere o passo e continue seguindo pela Rua de Belém até a esquina com a Calçada da Ajuda. Lá fica o Museu dos Coches, cuja visita é bastante recomendada.

Terminada a visita ao Museu dos Coches, olhe para o relógio, pois há uma decisão a ser tomada. Dali, ainda há 2 locais a serem visitados: o Palácio da Ajuda e o Museu da Eletricidade. O Palácio fecha cedo para visitação (última entrada às 16:30) e o tour dura cerca de uma hora. Se você tiver tempo, pernas e disposição para ainda fazer os dois, sebo nas canelas... Vá primeiro ao Palácio e depois ao Museu. Se tiver que optar por um, vá ao museu, pois o Palácio fica na rota do eléctrico nº18 e você pode fazê-lo num bate-e-volta em algum outro momento de sua estada na cidade.

Eis o mapa do que percorremos nesse dia:


Exibir mapa ampliado

O mapa não está muito preciso, pois o Google Maps não conhece a existência das passarelas. Fala-se em 5 km, mas penso que o percurso total dá bem mais que isso.

De qualquer modo, se você conseguiu completar o roteiro, parabéns! Você é um Viajante Amador de primeira categoria!

Abraços a todos e até o terceiro (e último) dia do nosso roteiro por Lisboa!

P.S.: Agradecimentos especiais ao amigo Jarbas Brandão por algumas das dicas do roteiro de hoje, especialmente as dos ingressos combinados.


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