11.8.10

Destino: Oslo - roteiro de 02 dias - Dia 02

Igreja medieval norueguesa em madeira. Museu de Folclore Norueguês, Oslo. Foto: Breno Beltrão.

No primeiro dia de visita a Oslo, passeamos pelo centro de Oslo e por uma parte da península de Bygdøy. Visitamos a prefeitura de Oslo, o Complexo Akershus, a Ópera de Oslo e os museus Kon-Tiki, Fram, de Arquitetura e de Arte Contemporânea (mas não nessa ordem). Foi um dia em que predominaram os passeios em ambiente fechado, o que é perfeito para um dia chuvoso na cidade.

Já no segundo dia, as coisas se invertem. Passaremos bastante tempo a céu aberto. Tragam seus guarda-chuvas ou, melhor, reservem um lindo dia de sol para o passeio, que incluirá o museu de navios vikings, o museu de Folclore Norueguês, o Palácio Real, a Galeria Nacional, o Museu Munch, o parque Vigeland e a movimentada região de Akker Brygge.

Tênis confortáveis e muita disposição para caminhar. Vamos lá?



01. Vikingskipshuset (Museu de Barcos Vikings)

Museu de Navios Vikings: local de repouso dos navios Oseberg, Gokstad e Tune, todos do Séc. IX. Foto: Breno Beltrão.

O Vikingskipshuset (pronuncia-se algo como vi-rrin-ship-hüsset) é o primeiro ponto do nosso passeio. O motivo? Simples. É a atração do dia que abre cerca uma hora antes de todas as outras. Para estar lá, por volta das 08:30h, você deverá pegar o ônibus 30 (em frente à estação de trem, na Prinsens Gate, na Stortingsgata, perto do Teatro Nacional ou ao lado do parque do Palácio Real) e descer na parada Vikingskipene pouco antes das 09:00, que é quando abre o museu. O caminho, em si, é uma atração à parte, dadas as belas imagens das ruas de Oslo.



O museu de navios é pequeno. Pode ser percorrido em menos em bem menos de uma hora, o que, porém, não retira em nada a grandiosidade do que lá está em exibição.

Navio viking "Oseberg", de 820 d.C. Foto: Breno Beltrão.
Navio "Gokstad", de 890 d.C.
No Museus de Navios, o visitante aprende o curioso fato de que as embarcações, à exceção do Oseberg (utilizado para navegação por um curto período), na verdade, eram utilizadas para cerimônias fúnebres, como sendo o "caixão" de pessoas importantes da época. Além dos navios, é possível ver toda uma série de objetos e obras de arte pertencentes ao acervo fúnebre.

Mais detalhes sobre o museu, clique aqui.

02. Norsk Folkemuseum (Museu do Folclore Norueguês)


Gosto é algo pessoal. Mas se eu puder escolher a atração turística mais interessante de Oslo, o meu voto provavelmente iria para o Museu de Folclore. O local, aberto em 1894, além de ser imenso, apresenta ao visitante séculos de história de vida do país, através de suas casas e seus costumes. São 155 prédios (casas restauradas, celeiros, oficinas), móveis, utensílios de época, além de uma escola, uma fazenda completa (com animais e tudo) e uma igreja toda de madeira, original, em funcionamento até hoje.

Mapa e programação do imenso museu a céu aberto, dividido em áreas correspondentes às várias regiões da Noruega. Foto: Breno Beltrão.
O ideal é que você já esteja lá desde a hora em que abre (10h, de meados de maio a meados de setembro; 11h, no resto do ano), de modo a que possa dedicar, pelo menos, umas 3 horas pra percorrer toda sua extensão.


O carro-chefe do museu é a Igreja de Madeira. Construída em torno de 1200 d.C., foi transportada para o museu por ordem do Rei Oscar II para lá receber melhores cuidados.


Além de extremamente bela por fora, o interior da igreja também revela detalhes impressionantes. O mais legal é que você realmente não acredita que ela é tão antiga, de tão preservada que está. Aos domingos, há cultos às 13:30h.

Uma das dezenas de casas rurais expostas no Museu. Foto: Breno Beltrão.
De algumas casas, o visitante só vê o exterior. Em outras, é possível observar o interior devidamente mobiliado, conforme se vivia nas vilas rurais norueguesas.


Mas o que há de mais legal nessa exposição é que, em algumas casas, há atividades no interior. Nelas, funcionários do museu, vestidos a caráter, representam diversos papéis do exercício de funções típicas do estilo de vida no interior da Noruega:

Padeiras de "Lefse", pão redondo e chato, levemente adocicado. Foto: Breno Beltrão.
Confesso que fiquei curioso com o pãozinho assado ali, na hora, e paguei 20 NOK (cerca de três Euros) por um pedaço dele com manteiga.



Não foi o pãozinho mais gostoso que comi na vida, mas a experiência foi bem legal. :)

Além do pão, há atividades em outras casas:

Thorstein, funcionário do museu, ensina como se fazia café nos tempos de antigamente, em que não havia filtro de papel. Ao final, ele oferece um copinho do produto. O problema é que, na hora, o açúcar estava em falta. Ficou amargo (além de muito fraco pros nossos padrões brasileiros e portugueses)... :(


Johanna explica aos visitantes como as mulheres norueguesas também se transformavam, nos longos meses de inverno, em verdadeiras tecelãs.

Saindo da área rural, o Museu ainda dedica uma boa área à Noruega urbana, com réplicas de prédios e casas, devidamente mobiliados, de várias décadas do Séc. XIX.

Exposição de utilidades domésticas ao longo da história. Foto: Breno Beltrão.

Réplica de bombonière. As crianças adoram as balinhas à venda por lá.
Passear pelo Norsk Folkemuseum é uma festa para todas as idades. É "a" programação imperdível de Oslo.

Mais informações aqui.

03. Det Kongelige Slottet (O Palácio Real)


O Palácio Real, de 173 cômodos, é o local de residência da realeza da Noruega. Foi construído entre 1824 e 1848 na parte mais alta do Parque do Castelo (Slottsparken).

No verão, há visitas guiadas de aproximadamente uma hora de duração, em inglês, de segunda a quinta e sábado (às 12, 14 e 14:20), às sextas e domingos (às 14 e 14:20).  Os bilhetes podem ser comprados em qualquer agência dos correios (há uma agência na estação central de trem e outra perto da Catedral de Oslo), na Narvesen, nas 7Eleven, pelo site billettservice.no ou pelo fone 47 81 53 31 33. Ocasionalmente, os ingressos que sobram são vendidos na porta de entrada da visitação, mas isso não costuma acontecer com frequência.

Diariamente, às 13:30, ocorre a cerimônia da troca da guarda real. Se tiver que escolher entre ela e a visita das 14:00, fique com o Palácio. Nesse caso, como prêmio de consolação, fica aqui um videozinho do evento:


Para mais informações sobre as duas programações, clique nos seguintes links: Família Real e visita guiada.

04. Nasjonalgalleriet (Galeria Nacional)


Perto do Palácio Real (cerca de 500 metros), fica a Galeria Nacional. A galeria contém o maior acervo de arte norueguesa e escandinava do país. A exposição permanente é composta de pinturas e esculturas dos Séculos XIX e XX, sendo o quadro "O Grito", de Edvard Munch, a obra mais popular.

Pouco menos de uma hora é tempo suficiente para percorrer a maior parte do museu. De lá, dirija-se de volta à rua de pedestres Karl Johans Gate em direção ao Teatro Nacional. Procure a estação de metrô e embarque em qualquer uma das linhas que vão para o LESTE.

05. Munch-Museet (Museu Munch)

Fachada do museu Munch, no agradável bairro de Tøyen, Oslo. Foto: Breno Beltrão.
Ao descer na estação de metrô Tøyen, procure as placas indicativas ou peça que mostrem a você pra que lado fica o museu Munch. Uma caminhada de dez minutos fará com que você chegue lá.

Estando lá, relaxe. É a última programação do dia que tem horário de encerramento cedo (de junho a agosto, diariamente, das 10 às 18; no resto do ano, 10 às 16 - terça a sexta - e 11 às 17 - sábado e domingo).

Se você compreende inglês, recomendo que, antes de ver a exposição, vá assistir aos documentários sobre o artista exibidos na sala de projeção. São uma mão na roda pra que se compreenda melhor a história de vida do artista e sua relação com os temas retratados em tela.

"Ansiedade". Edvard Munch, 1894. Museu Munch, Oslo, Noruega. Foto: Breno Beltrão.
O museu, como o próprio nome indica, cuida da obra do pintor norueguês Edvard Munch (1863-1944). Nele estão expostos praticamente toda a vasta obra do artista (mais de 1000 quadros e 4500 gravuras), com destaque para a segunda cópia da obra "O Grito" (a primeira está na Galeria Nacional).

"A Criança Enferma". Edvard Munch, 1925. Museu Munch, Oslo, Noruega.
Terminada a visita, nosso próximo ponto é o Parque Vigeland. Para chegar lá, pode-se fazer o percurso de volta até o metrô, mas o melhor, mesmo, é pegar o ônibus 20 (rota Galgeberg - Skøyen). Serão aproximadamente 20 minutos conhecendo os subúrbios de Oslo até a parada em frente ao Parque.

Para mais informações sobre o Museu Munch, clique aqui.

06. Vigelandsparken (Parque Vigeland)


O parque Vigeland deve seu nome por abrigar a obra do escultor norueguês Gustav Vigeland (1869-1943).


São mais de 200 esculturas em bronze, granito e ferro fundido, algumas com um apelo bem forte aos olhos.


O Parque Vigeland atrai mais de um milhão de visitantes ao ano. Na minha opinião, ele o Museu de Folclore competem pelo título da programação mais legal de Oslo.



A obra que mais impacta o visitante é o "Monolito", um mosaico de seres humanos no velho formato fálico, bastante comum aos povos do mundo inteiro.



"A roda da vida", Parque Vigeland, Oslo. Foto: Breno Beltrão.
O Parque é bastante grande. E se ainda tiver disposição (e o tempo permitir, claro), lá também estão localizados o Museu Vigeland (www.vigeland.museum.no) e o Museu da Cidade (Oslo Museu - Bymuseet).

Terminado o longo passeio, volte para o portão de entrada e pegue o Bonde 12 para Akker Brygge.

07. Akker Brygge


Akker Brygge é o nome da região de prédios modernos ao lado do porto. É uma espécie de Puerto Madero de Oslo. Nos dias de verão, quando o sol vai até altas horas, é o ponto de encontro mais agitado da cidade. Além de shoppings, o local é repleto de bares e restaurantes. Programa perfeito para um fim de dia tão cheio como o nosso, não?


Com isso, fechamos o segundo dia de roteiro pela cidade.

Nesses próximos dias, lançarei um outro post com informações suplementares da cidade, principalmente com sugestões de outros passeios para quem dispuser de mais algum tempo para disfrutar mais do que Oslo tem a oferecer.

Ate lá!


Posts da série "Oslo":

Destino: Oslo, Noruega
Oslo - Informações Gerais
Oslo - Roteiro para 2 dias - Dia 1
Oslo - Roteiro para 2 dias - Dia 2
Oslo - Informações suplementares


Gostou do post? Clique no botãozinho "+1" abaixo e ajude-nos a divulgá-lo.